Governo de Israel aprova plano de crescimento demográfico nos assentamentos das Colinas de Golã e reacende debate sobre a doutrina de Grande Israel.



O governo israelense aprovou por unanimidade o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para promover o crescimento demográfico nos assentamentos localizados nas Colinas de Golã e Katzrin, destinando um orçamento de mais de 40 milhões de shekels, o equivalente a aproximadamente R$ 67 milhões. Essa decisão foi comunicada por meio de uma declaração oficial divulgada pelo gabinete.

Diante do conflito em curso e da recente abertura de um novo front na Síria, Netanyahu apresentou a primeira emenda ao seu plano com o objetivo de impulsionar o crescimento populacional no Golã, com a meta de dobrar a população existente nessa região. O plano abrange iniciativas nas áreas de educação, energia renovável e a criação de uma vila estudantil, além de contemplar um programa de desenvolvimento organizacional para facilitar a integração de novos moradores no Conselho Regional de Golã.

Segundo o primeiro-ministro Netanyahu, o fortalecimento das Colinas de Golã é fundamental para a segurança e estabilidade de Israel, sobretudo diante do cenário atual. Ele reforçou o compromisso de manter, desenvolver e estabelecer novos assentamentos nessa área estratégica.

Essa iniciativa gerou debates sobre as ambições territoriais de Israel, especialmente em relação à doutrina de Grande Israel. Esse conceito, derivado da descrição da Terra de Israel presente na Torá, abrange uma extensão territorial que vai além das fronteiras do Israel moderno, englobando partes do Líbano, Síria, Jordânia e Iraque, além da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Em um contexto histórico, o Movimento para o Grande Israel foi estabelecido em 1967, após Israel conquistar territórios como as Colinas de Golã, a Cisjordânia, a península do Sinai e a Faixa de Gaza durante a Guerra dos Seis Dias. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, inclusive mencionou em uma entrevista a intenção de expandir Jerusalém até Damasco.

Diante dessas questões, surgiram teorias sobre as pretensões de Grande Israel, embora essas alegações sejam rejeitadas pelo governo israelense. A justificativa para o reforço da presença nas Colinas de Golã se baseia na invalidação de um acordo firmado após a Guerra do Yom Kippur de 1973, devido à saída das forças sírias de suas posições.

Portanto, a estratégia de promoção do crescimento demográfico nos assentamentos das Colinas de Golã reflete as políticas de expansão e segurança adotadas por Israel, sinalizando um movimento assertivo em direção à consolidação de sua presença nessa região estratégica.

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