Durante as inspecções, Rui Costa destacou que existem opções de hospedagem de qualidade e a preços justos em Belém, mas mencionou a preocupação com empreendimentos que têm elevado indevidamente suas tarifas. “Conversei com os proprietários de imóveis e com representantes da rede hoteleira. O que queremos é assegurar que a experiência na cidade seja positiva para todos os participantes”, afirmou.
Além de monitorar a situação, o chefe da Casa Civil revelou que o governo já se reuniu com a Advocacia-Geral da União para discutir os próximos passos legais. Segundo ele, os hotéis que estão abusando dos preços, especialmente aqueles que operam em prédios públicos e contaram com financiamento estatal, não podem cobrar valores exorbitantes. Rui Costa defendeu que as tarifas devem ficar dentro de um padrão internacional, variando entre 200 e 600 dólares por diária.
A questão se torna ainda mais relevante à medida que se aproxima o evento, que deverá contar com a presença de representantes de pelo menos 72 países. O governo federal já investiu cerca de 4 bilhões de reais na estrutura necessária para receber os delegados, sendo que a Vila Líderes, construída para a conferência, está com 90% das obras concluídas.
A mobilização em torno do evento é significativa, e Rui Costa enfatizou a criação de uma plataforma virtual que permitirá aos proprietários de imóveis disponibilizarem seus locais de forma justa. Ele ainda alertou: “Se não chegarmos a um entendimento, acionaremos imediatamente a Justiça para corrigir essas práticas abusivas”. Essa postura visa não apenas proteger os consumidores, mas também garantir uma imagem positiva de Belém no cenário internacional durante a COP30.