Esses números levantaram questionamentos por parte do parlamentar, que se mostrou preocupado com a quantidade de cirurgias sendo realizadas. Ele destacou que anualmente seriam feitas cerca de 720 intervenções para redução de peso na referida unidade de saúde. Bebeto ressaltou que o Estado gasta mais de 20 milhões de reais por ano em cirurgias bariátricas, um valor quase equivalente ao investimento feito pela União nesse tipo de procedimento.
O deputado fez uma comparação com os dados do Data SUS, revelando que em todo o Brasil o Sistema Único de Saúde desembolsou 22 milhões de reais em 2023 para realizar cirurgias bariátricas. Ele questionou se era razoável que um único hospital realizasse proporcionalmente mais procedimentos do que todo o país.
Durante seu discurso, Cabo Bebeto também recebeu apoio de Fernando Pereira (PP), que criticou a priorização do Governo do Estado em investir em hospitais privados em detrimento dos filantrópicos e estaduais. O parlamentar ainda lamentou a situação de pacientes que precisam se deslocar para a capital em busca de tratamento, como no caso de hemodiálise no Sertão.
Por outro lado, o líder do Governo, deputado Silvio Camelo (PV), defendeu os números apresentados e enalteceu a capacidade do Hospital Carvalho Beltrão. Ele destacou a importância dessas cirurgias em casos cardíacos e acredita que o volume de procedimentos está dentro do padrão normal.
Por fim, o deputado Bruno Toledo (MDB) ressaltou a necessidade de comparar o número de cirurgias bariátricas realizadas em outros estados, como Pernambuco e Paraíba. Ele parabenizou o Governo do Estado pela quantidade de procedimentos e sugeriu a ampliação desse serviço. A discussão levantada por Cabo Bebeto trouxe à tona questionamentos importantes sobre a política de saúde no estado, gerando um debate relevante na Assembleia Legislativa.