De acordo com o pesquisador, a pesquisa tem como base a necessidade crescente por energia e alimento no mundo, ressaltando que algumas formas de produção de alimentos e energia emitem gases de efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas. Já a energia fotovoltaica é reconhecida como uma forma de energia renovável com crescimento exponencial no Brasil, enquanto a cultura da cana-de-açúcar é uma importante fonte de alimentos e bioenergia para o país.
Os resultados observados no primeiro ano do estudo foram positivos, demonstrando um aumento na eficiência do uso da terra, principalmente no cultivo de cana-de-açúcar. No entanto, o estudo também revelou desafios relacionados à altura dos painéis em comparação com as plantas de cana e os riscos de acidentes com maquinário agrícola e incêndios.
A pesquisa também evidenciou o potencial das usinas de cana-de-açúcar para ampliar o uso de fontes de energia como a fotovoltaica, eólica, biometano e hidrogênio verde, como alternativas limpas e sustentáveis. O Professor Ricardo Araújo ressaltou que o apoio da Fapeal foi fundamental para o desenvolvimento do projeto, que possibilitou o avanço das pesquisas e a construção do estudo.
Com a continuidade da pesquisa, as expectativas para o projeto da cultura da cana-de-açúcar são de permanecer com as análises do sistema agrofotovoltaico e observar a sua evolução, além de expandir as investigações para outras culturas, principalmente na região do semiárido, onde o sistema pode contribuir para melhorar o uso da água e gerar eletricidade para o bombeamento de água, entre outras aplicações.