De acordo com informações do Instituto Nacional de Aviação Civil da Venezuela, essa medida teve como justificativa a alegada participação das companhias aéreas em “atos de terrorismo de Estado” promovidos pelo governo norte-americano. A declaração oficial foi revelada em uma postagem nas redes sociais do órgão regulador, mas foi rapidamente removida, o que gerou polêmica e especulações sobre a intenção do governo de Nicolás Maduro em restringir ainda mais a presença de operadores estrangeiros.
Além das citadas Gol e Latam, a ação também afetou outras importantes companhias aéreas, como a Turkish Airlines, a colombiana Avianca, a portuguesa TAP e a espanhola Iberia. O cancelamento dos voos por parte dessas empresas reflete a crescente tensão nas relações entre o governo venezuelano e o dos Estados Unidos, exacerbada por uma recente escalada militar e novas diretrizes de segurança.
Enquanto as companhias internacionais enfrentam restrições operacionais, as aéreas locais permanecem em funcionamento, embora estejam sob um controle governamental mais rígido. A autoridade venezuelana de aviação civil está pressionando as empresas estrangeiras a reconsiderarem suas decisões e a restabelecerem seus serviços no país, apesar dos desafios.
Na última semana, a FAA ressaltou a necessidade de cautela para os operadores aéreos em razão do estado de segurança deteriorada e do aumento da atividade militar nas proximidades da Venezuela. O comunicado alertou ainda sobre a crescente interferência nos sistemas de navegação no espaço aéreo venezuelano, algo que levanta sérias preocupações entre as companhias aéreas que operam na região. Essa situação complexa e tensa reforça a incerteza sobre o futuro das operações aéreas no país e as relações diplomáticas entre a Venezuela e os Estados Unidos.
