Dentre os imóveis que serão disponibilizados, destaca-se o edifício que abrigava o extinto Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, avaliado em aproximadamente R$ 62,5 milhões. Além disso, a sede do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA) também entrará no pacote, uma vez que está prevista sua realocação. A administração pretende ainda liquidar imóveis confiscados em processos relacionados a corrupção e narcotráfico. Os leilões desses edifícios públicos, descritos pelo porta-voz presidencial como “subutilizados ou de alto custo de manutenção”, estão programados para ocorrer antes do final do ano.
Essa estratégia faz parte de um conjunto mais amplo de políticas implementadas pelo governo para estabilizar a economia. O objetivo é atacar a inflação galopante, que afeta drasticamente o poder aquisitivo da população, e promover uma desburocratização do Estado. A situação econômica da Argentina se agrava com a diminuição do nível de emprego e o aumento contínuo dos preços, o que intensifica a crise social.
Segundo dados da UNICEF, a insegurança alimentar atinge cerca de 10 milhões de crianças e adolescentes no país, que estão consumindo menos proteínas e laticínios do que em anos anteriores. O relatório aponta que, devido à crise, 9% das famílias não conseguem mais arcar com planos de saúde, refletindo a dura realidade enfrentada pela população.
A política de cortes e ajustes fiscais proposta por Milei é uma tentativa de alcançar um superávit necessário para enfrentar as obrigações de dívida que o país possui, numa busca de recuperação econômica em um cenário bastante adverso.