A decisão da empresa de distribuir metade dos dividendos extraordinários, no valor de R$ 21,5 bilhões, sendo que cerca de R$ 6 bilhões foram destinados à União, causou expectativa sobre a possibilidade de uma nova distribuição do restante do montante. De acordo com a petroleira, essa questão será reavaliada ao longo do ano, mantendo em aberto a possibilidade de mais recursos entrarem no caixa do governo.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em uma coletiva de imprensa sobre o 2º relatório de avaliação bimestral de receitas e despesas, afirmou que o governo já está considerando a entrada de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras no Orçamento. Ele destacou que a comunicação da empresa na ata da reunião do conselho de administração foi suficiente para considerar como provável a distribuição desses recursos.
Além dos dividendos da Petrobras, o relatório bimestral também prevê um aumento nas receitas com dividendos de R$ 14,3 bilhões, incluindo R$ 400 milhões referentes ao BNDES. Esses valores se somam ao esforço do governo para manter o déficit primário dentro dos limites estabelecidos, com a meta de zero e uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para cima ou para baixo.
Com a expectativa positiva em relação aos dividendos da Petrobras e outras fontes de receita, o governo brasileiro demonstra sua confiança em manter o equilíbrio fiscal e garantir a estabilidade econômica do país.