A estratégia do governo é enfrentar a resistência majoritária no Congresso, buscando se aproximar dos evangélicos e destacando a importância dos religiosos na ressocialização dos presos. Em relação aos governadores, a abordagem é mais pragmática, destacando a ajuda que as “saidinhas” oferecem para manter a ordem nos presídios.
O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às restrições foi baseado na recomendação do Ministério da Justiça, que apontou que o impedimento das visitas dos presos às famílias fere a Constituição e os princípios da dignidade humana. O governo conseguiu manter o veto a três pontos do projeto, mas a questão das “saidinhas” permanece em discussão.
Setores do Congresso já se movimentam para derrubar o veto na próxima semana, gerando preocupação no Planalto, que vê a derrota como iminente. Parlamentares como o senador Ciro Nogueira e o ex-ministro Sergio Moro já declararam que trabalharão para derrubar o veto, enquanto o líder da bancada da bala, deputado Alberto Fraga, criticou a decisão nas redes sociais.
Com um cenário de aprovação maciça do projeto no Congresso, incluindo votos da base governista, a possibilidade de derrubada do veto preocupa o governo, que busca apoio de diferentes setores para manter a decisão do presidente. A próxima semana promete ser intensa no Legislativo, com debates acalorados sobre a questão das “saidinhas” de presos em regime semiaberto.