Segundo apuração da CNN, nem o governo brasileiro, nem a Polícia Federal, receberam comunicações das autoridades argentinas sobre o aumento dos controles na fronteira. O plano do governo de Mile sobre a construção de uma cerca na fronteira com a Bolívia e o anúncio de intensificação dos controles na fronteira com o Brasil causaram preocupação em Brasília.
A ministra Bullrich destacou a existência de problemas sérios em cidades fronteiriças, como assassínios por pistoleiros e o grande fluxo de produtos levados de um país para o outro devido à diferença entre o peso argentino e o real brasileiro. Ela afirmou que estão fortalecendo as fronteiras passo a passo, buscando um controle mais efetivo.
No entanto, autoridades de ambos os países relatam não haver um aumento significativo da criminalidade ou do fluxo migratório na região. O governo argentino está avaliando o apoio das Forças Armadas em zonas fronteiriças, mas ainda não definiu planos concretos.
O governo brasileiro vê as declarações de Milei como bravatas e questiona a viabilidade financeira do plano, citando a utilização de placas de papel para automóveis como exemplo da crise econômica na Argentina. Além disso, a discussão sobre controle de fronteiras gera preocupação no Planalto, que ressalta a importância de manter uma política acolhedora para imigrantes.