A revisão legal e a tradução dos textos demandarão meses de trabalho e o ritmo desse processo também será influenciado pela nova presidência do Mercosul, assumida pela Argentina, representada por Javier Milei. Milei, apesar de apoiar o tratado comercial, é crítico em relação ao bloco sul-americano, chegando a classificar o Mercosul como uma “prisão”.
Com a presidência pro tempore passando para o Brasil no segundo semestre de 2025, aumentam as expectativas de que o acordo seja assinado até o final desse ciclo. O governo brasileiro informou que a revisão legal do acordo já está avançada e, após essa etapa, será feita a tradução para as línguas oficiais dos países envolvidos.
A assinatura do tratado será apenas o começo, já que o acordo ainda precisa passar pelos processos internos de aprovação em cada país. No Brasil, isso implica a aprovação do Congresso Nacional. O retorno da cúpula entre Brasil e União Europeia, anunciado recentemente, tem como objetivo criar uma estratégia comum para garantir a aprovação final e a ratificação do tratado comercial.
A próxima reunião entre as partes está prevista para acontecer no Brasil durante o primeiro semestre do próximo ano, embora a data e o local ainda não tenham sido definidos. O acordo entre Mercosul e União Europeia é aguardado com expectativa tanto pelo governo brasileiro quanto pelos demais países envolvidos, representando um passo significativo na busca por maior integração e cooperação econômica entre as regiões.