Governo argentino impõe limites de venda de repelentes em meio à escassez no mercado e alta demanda contra a dengue.

O Governo argentino anunciou recentemente a imposição de uma regulamentação específica para o mercado de repelentes, em meio a escassez desses produtos devido à alta demanda causada pela epidemia de dengue. A medida foi comunicada em uma reunião com as principais empresas do setor, onde o secretário do Comércio informou a revogação da regra de Fidelidade Comercial que proibia os supermercados de limitarem a venda de produtos. A nova determinação estabelece que, enquanto a epidemia persistir, será aplicada uma cota de duas unidades por família para a compra de repelentes.

De acordo com o Governo, os supermercados já vinham limitando a venda de repelentes devido à falta de estoque em relação à alta demanda observada nas últimas semanas. A medida, que já era adotada para outros produtos com alto índice de vendas, como óleos e leite, visa garantir o acesso da população a esse item essencial para a prevenção de doenças transmitidas por mosquitos.

Além da limitação de vendas, as empresas do setor se comprometeram a agilizar a importação de DEET, principal componente para a produção de repelentes, que não é fabricado na Argentina e é importado da China ou do Japão. Com a situação de emergência no mercado local, as empresas começaram a importar o insumo por via aérea, aumentando os custos do processo, mas reduzindo o tempo de espera.

Diante da escassez nas prateleiras e da alta demanda, o Governo decidiu retirar obstáculos à importação de repelentes, isentando esses produtos do Imposto sobre Valor Agregado e da retenção de Imposto de Renda. O mercado de repelentes na Argentina é dominado pela multinacional SC Johnson, que detém cerca de 80% do mercado, seguida por empresas nacionais como Algabo e Queruclor.

Com a falta de produtos das grandes marcas, têm surgido no mercado marcas menores e desconhecidas, como Doc Uffa, Poff e Puff, Fush! e Basta Mosquito, que buscam suprir a demanda dos consumidores argentinos. A situação do mercado de repelentes reflete a necessidade de regulamentações específicas e medidas emergenciais diante de crises de saúde pública, como a epidemia de dengue enfrentada atualmente no país.

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