Durante o evento realizado no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a singularidade da situação enfrentada pelo Brasil. Segundo ele, o país está sendo penalizado por adotar valores democráticos em um cenário global marcado pela agressão àquelas nações que buscam uma convivência pacífica. Haddad ressaltou que, enquanto o Brasil preza pela democracia, a retaliação que está sofrendo é “injustificável” do ponto de vista político e econômico.
O ministro também enfatizou a resiliência do Brasil diante de dificuldades impostas externamente, ressaltando que o governo se mantém firme em sua intenção de avançar, mesmo com desafios exacerbados por setores radicais da sociedade local. “Vamos lidar com esta a situação como já fizemos em outras crises, superando mais essa dificuldade”, afirmou Haddad.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar o pacote, destacou a prioridade do plano: o benefício às pequenas e médias empresas, além do apoio a alimentos perecíveis. Ele afirmou que a intenção é garantir que as pequenas companhias, que atuam na comercialização de produtos como espinafre, frutas e mel, tenham suporte robusto. “As grandes empresas têm mais condições de resistir a essa crise”, salientou o presidente, reafirmando o compromisso de que ninguém ficará desassistido embasado pelas penalidades impostas pelo governo de Donald Trump.
Adicionalmente, o pacote visa a preservação de empregos e a exploração de novos mercados para as indústrias afetadas. Lula mencionou que o governo está enviando listas dessas empresas a países que possam se tornar potenciais compradores, com o lema de que “ninguém larga a mão de ninguém”. As medidas serão viabilizadas por meio de um crédito extraordinário do Orçamento, que, em situações de emergência, permite a utilização de recursos além dos limites do teto fiscal. Esse mecanismo já foi utilizado no passado para ajudar vítimas de calamidades naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul.
O governo se mantém sob a perspectiva de que, com empenho e colaboração, será possível driblar os obstáculos impostos e assegurar um futuro mais estável para os setores produtivos do Brasil.