Governadores resistem à proposta de zerar ICMS sobre cesta básica, Alckmin reconhece dificuldades e sugere flexibilidade na medida.



O vice-presidente Geraldo Alckmin enfrenta resistência dos governadores em relação à proposta do governo federal de zerar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens da cesta básica com o objetivo de reduzir os preços dos alimentos. Em uma entrevista à Rádio CBN, Alckmin reconheceu a preocupação dos governadores, destacando que a medida não é obrigatória e que os estados têm a autonomia de decidir sobre a redução do imposto de acordo com suas realidades fiscais.

A proposta do governo, anunciada na última quinta-feira, inclui a isenção do imposto de importação para produtos como carne, café, açúcar, milho, óleo de cozinha e azeite. No entanto, governadores de estados com situações fiscais delicadas, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, temem a perda de receita e exigem compensações financeiras do governo federal caso a isenção do ICMS seja implementada.

Atualmente, apenas seis estados – Amazonas, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo – já isentam ou reduziram o ICMS sobre itens da cesta básica. A medida visa aliviar o peso dos impostos sobre os alimentos e beneficiar a população mais carente, que sofre com a alta dos preços.

A discussão sobre a redução do ICMS sobre a cesta básica segue em andamento, com divergências entre o governo federal e os governadores. Alckmin ressaltou a importância do diálogo para encontrar um consenso que beneficie tanto a população quanto os cofres públicos. A questão fiscal dos estados e a necessidade de garantir recursos para manter os serviços essenciais também estão entre os pontos que geram discordâncias nessa discussão.

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