Zema, que pertence ao Partido Novo, argumenta que essa viagem à América Central poderia fornecer insights valiosos sobre a estratégia adotada por Bukele, que incluiu a declaração de estado de exceção e uma feroz luta contra as gangues que perpetuam a violência no país. A ideia é que a comitiva viaje em uma quinta-feira à noite e retorne no final de semana, embora ainda não haja uma data específica agendada para essa missão. Essa proposta não apenas busca apuração, mas também substancial legitimidade para a proposta que está sendo discutida no Brasil.
Em resposta a essa sugestão, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, pediu audiências públicas para debater o PL Antifacção, com foco nos estados da Paraíba e São Paulo, referentes às regiões dos políticos envolvidos, como o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o relator do projeto, Guilherme Derrite. Ele propôs que essas audiências se realizem em diversas regiões do país, abrangendo vozes de governadores, prefeitos, secretários de Segurança Pública, advogados, universidades e representantes do Judiciário. A intenção é garantir que múltiplas perspectivas sejam consideradas antes da votação final.
Sóstenes também sugeriu o adiamento da votação do PL para dezembro, o que não foi acatado por Motta. A votação foi apenas postergada para a próxima terça-feira, 18 de novembro, o que sinaliza uma possível pressão sobre os parlamentares para resolver questões pendentes e aumentar a discussão em torno do projeto considerado controverso.
A movimentação de governadores e parlamentares reflete um clima de incerteza em relação à legislação, que está sob os holofotes não só no Brasil, mas também no exterior, à espera de um modelo eficaz que combata a criminalidade sem comprometer a segurança civil e os direitos humanos.









