Governador Tarcísio de Freitas promove balonismo um dia antes de trágico acidente em SP que deixou uma vítima fatal e vários feridos.

No dia 14 de junho de 2025, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, compartilhou um vídeo nas redes sociais que despertou a atenção para o turismo de balonismo na cidade de Boituva, localizada na região metropolitana de Sorocaba. Chamando a cidade de “Caipirodócia” e “Capadócia caipira”, Tarcísio promoveu a prática como uma das principais atrações turísticas do estado, destacando a beleza do céu paulista e a experiência única que os passeios de balão proporcionam.

No entanto, apenas 24 horas após a veiculação do vídeo, um trágico acidente aconteceu. Um balão, que partiu de Boituva com 35 passageiros, caiu em Capela do Alto, resultando na morte de Juliana Alves Prado Pereira, uma jovem de 27 anos que estava celebrando o Dia dos Namorados com seu marido. Além da fatalidade, o incidente deixou 11 feridos, o que gerou uma onda de preocupação e reflexão sobre a segurança desse tipo de atividade.

O piloto da aeronave foi rapidamente conduzido à delegacia onde, em depoimento, acabou preso em flagrante sob a acusação de homicídio culposo agravado e por realizar atividades de balonismo de forma irregular. Este episódio levanta questões críticas sobre a regulamentação e a segurança dos passeios de balão, que atraem milhares de turistas ao longo do ano.

Menos de uma semana depois da tragédia em Capela do Alto, outro acidente de balão provocou um saldo ainda mais lamentável: oito mortos e 13 feridos em Praia Grande, no extremo sul de Santa Catarina. Esses eventos trágicos ressaltam a necessidade urgente de políticas e medidas que garantam a segurança dos passageiros de balões.

A situação não só afeta aqueles diretamente envolvidos, mas também impacta a imagem do turismo em São Paulo. A promoção entusiástica de uma atividade que agora é marcada por tragédias gera um contraste sombrio, levantando um debate sobre até onde pode ir o incentivo a atividades que, embora encantadoras, podem ser perigosas sem as devidas precauções. A tragédia recente em Capela do Alto e as seguintes repercussões exigem um olhar atento e reflexivo sobre a segurança nas atividades turísticas e a responsabilidade dos operadores.

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