O edital da parceria público-privada (PPP) prevê um investimento estimado em R$ 2,5 bilhões ao longo de um contrato de 20 anos. O consórcio Acqua Vias SP, vencedor da licitação, destacou-se ao apresentar um desconto de 12,60% sobre o preço de referência estipulado, o que demonstra uma proposta competitiva que promete trazer mais recursos e modernização para as travessias.
Esse projeto abrange 14 linhas que atendem tanto o litoral quanto a região metropolitana de São Paulo, com um total aproximado de 11 milhões de passageiros atendidos anualmente. Um dos pontos centrais da concessão é a modernização da frota. O edital exige a introdução de mais de 40 embarcações novas, sendo que a maioria deverá ser 100% elétrica, visando não apenas a eficiência, mas também a sustentabilidade ambiental das operações. Além disso, cerca de 20 terminais estão programados para receber requalificação, aumentando a acessibilidade e a segurança para os usuários.
O governo paulista garantiu que a estrutura tarifária vigente será mantida e que a gratuidade para determinados usuários não sofrerá alterações. Essa decisão visa minimizar o impacto da privatização sobre a população, especialmente aqueles que dependem do transporte aquaviário para se deslocar, reforçando o compromisso do governo em preservar direitos sociais na transição para a gestão privada.
Com essa iniciativa, Tarcísio de Freitas espera não apenas otimizar o serviço, mas também atrair investimentos e fomentar o crescimento econômico local. A privatização das travessias hídricas pode servir de modelo para futuros projetos de concessão, estimulando a participação do setor privado em áreas essenciais da infraestrutura pública no Brasil.
