Os prejuízos financeiros decorrentes dessas fraudes são alarmantes, totalizando quase R$ 29 bilhões, o que representa uma perda média de R$ 1.198 por vítima. Esse número é maior do que o total de pessoas que relataram ter sido vítimas de roubos, furtos de celular ou que enfrentaram a situação de receber dinheiro falso.
Analisando mais profundamente os perfis dos afetados, a pesquisa mostrou que 37% das vítimas de golpes do PIX ou boletos falsos pertencem às classes A ou B, enquanto 22% fazem parte das classes C, D ou E. Além disso, o estudo apontou um aumento nas ocorrências de crimes virtuais em comparação a crimes patrimoniais presenciais. Ao todo, 33% dos entrevistados afirmaram ter sido alvos de crimes online, superando os 22% que enfrentaram crimes na forma tradicional.
Outro dado preocupante revela que os golpes estão cada vez mais interligados ao furto de celulares. Aproximadamente 35% das pessoas que tiveram seus aparelhos roubados também foram vítimas de fraudes envolvendo PIX ou boletos falsos. Isso sugere que os criminosos estão utilizando os dados pessoais obtidos através do roubo de celulares para perpetrar fraudes financeiras, ressaltando a gravidade desse ciclo de violência.
A pesquisa também contemplou a faixa etária dos entrevistados. Entre os idosos com 60 anos ou mais, 11% relataram fraudes bancárias, enquanto os jovens de 16 a 24 anos mostraram uma incidência significativa de crimes virtuais relacionados a compras em plataformas online, com 23% afetados.
Além disso, a pesquisa evidenciou um fenômeno de chantagem digital, com 19% da população afirmando ter sido ameaçada em decorrência de vazamento de dados, o que equivale a mais de 32 milhões de pessoas no Brasil. Apesar de nem todas as situações resultarem em perdas financeiras, as vítimas estimam prejuízos totalizando R$ 24,4 bilhões.
Com a crescente incidência de fraudes digitais, é evidente que a segurança em ambientes virtuais se tornou uma questão imprescindível para a sociedade brasileira, exigindo atenção e soluções eficazes para combater essa epidemia de crimes tecnológicos.