A ação culminou na prisão de dois suspeitos e foi coordenada pela Delegacia de Estelionatos, que buscou desarticular essa organização que devastou o setor imobiliário local. Segundo a delegada Michelly Santos, as vítimas eram induzidas a acreditar que estavam realizando um financiamento legítimo para aquisição de suas casas ou apartamentos, mas na realidade eram inseridas em um consórcio, o que significava que, após o pagamento, nunca teriam acesso ao bem prometido. “As vítimas acabavam sem imóvel e sem nenhuma garantia de recebê-lo”, afirmou a delegada, esclarecendo a complexidade do esquema.
As investigações levantaram a suspeita de que mais de 120 processos cíveis relacionados a esse golpe já estavam em andamento somente em Alagoas, além de um total de mais de 3.700 ações em todo o Brasil vinculadas ao mesmo grupo criminoso. Os suspeitos se utilizavam de redes sociais e escritórios de fachada para atrair suas vítimas, criando empresas de aparência legítima e mudando constantemente suas sedes para dificultar a identificação. Profissionais que atuavam como corretores eram responsáveis por captar clientes, levando-os a assinarem contratos que, na verdade, não ofereciam a segurança prometida.
Entre os detidos na operação, um dos indivíduos já possuía antecedentes criminais, incluindo a posse ilegal de arma de fogo. Durante as diligências, agentes da polícia apreenderam munições, reforçando a gravidade da situação. A ação policial contou com o suporte de diversas unidades especializadas, incluindo o Grupo Especial de Apoio Investigativo e o Núcleo de Planejamento Operacional.
Com o desmantelamento deste esquema, espera-se que as vítimas do golpe recebam a devida atenção das autoridades e que ações sejam tomadas para reparar os danos provocados por essa fraude. A operação também serve como um alerta para que futuros potenciais compradores de imóveis sejam mais cautelosos ao ingressar em transações que envolvem financiamentos.