Golpe do Boa Noite, Cinderela: Quadrilha de Mulheres Famosa por Roubar Turistas no Rio de Janeiro é Alvo da Polícia

Grupo de Golpistas Aplica o “Golpe do Boa Noite, Cinderela” em Turistas no Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro, famosa por suas belezas naturais e pontos turísticos icônicos, também é palco de uma prática criminosa alarmante que tem como alvo turistas, especialmente aqueles vindos do exterior. Recentemente, um grupo de mulheres, conhecidas por suas táticas sofisticadas, tem sido investigado pela polícia por aplicar o chamado “Golpe do Boa Noite, Cinderela”. Com aparência atraente e roupas chamativas, essas golpistas se destacam ao se aproximar de turistas em locais populares como a Pedra do Sal, os Arcos da Lapa e a famosa praia de Copacabana.

As integrantes do grupo, entre elas Amanda Couto Deloca, 23 anos; Mayara Ketelyn Américo da Silva, 26; Paloma Cristina Cavalcanti Bacalhau, 37; e Rayane Campos de Oliveira, 27, são rotineiras conhecidas da polícia. Juntas, elas atuam com precisão cirúrgica, utilizando a sedução como a principal arma para atrair as vítimas. Uma vez que conseguem conquistar a confiança dos turistas, frequentemente os convidam a seus apartamentos, onde são oferecidos drinks adulterados com substâncias como clonazepam, que induzem a sonolência.

Uma vez dopados, os turistas são facilmente roubados, tendo suas contas bancárias esvaziadas. Em uma investigação específica, as golpistas foram associadas ao roubo de dois turistas britânicos, resultando em um prejuízo estimado em R$ 116 mil. As ações dessas mulheres não são apenas fraudes isoladas; elas representam um padrão de crime organizado, com um histórico de prisões e condenações.

A delegada Patrícia Alemany, que lidera a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), disse que a diminuição no número de registros desse tipo de golpe é um reflexo direto das últimas prisões, mas alerta para o fato de que, uma vez soltas, muitas das suspeitas retornam ao crime em pouco tempo. Elas frequentemente recebem medidas alternativas à prisão, como o uso de tornozeleiras eletrônicas, mas quebram o monitoramento e voltam a atuar rapidamente.

Essas mulheres, segundo relato da delegada, são frias e focadas, dispostas a tudo em busca de lucro. Muitas são jovens mães que se tornaram adeptas da vida criminosa, buscando um retorno financeiro a qualquer custo. Recentemente, uma das presas chegou a expressar que sua imagem na mídia poderia aumentar a sua popularidade em programas de entretenimento, evidenciando uma desconexão com as consequências de seus atos.

A complexidade desse fenômeno criminal não deve ser subestimada. Com táticas engenhosas e a exploração do desejo dos visitantes de vivenciar experiências marcantes, o quarteto se insere em um ciclo vicioso que afeta tanto a segurança dos turistas quanto a imagem do turismo no Brasil.

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