O ponto de virada dessa discussão foi a proposta de Eduardo Bolsonaro direcionada contra os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Segundo ele, ambos estariam obstruindo pautas que são de interesse da base bolsonarista, incluindo temas polêmicos, como o impeachment do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e um projeto de anistia para aqueles que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. As afirmações foram vistas como uma tentativa de internacionalizar a crise política que se desenrola no país, algo que despertou indignação não apenas entre os membros da oposição, mas também entre parlamentares do centro.
O clima em Brasília, já tenso devido à polarização política, se acirrou ainda mais com essa troca de farpas. A reação de Gleisi Hoffmann reflete uma preocupação crescente sobre as implicações das falas de Eduardo Bolsonaro, que ao sugerir que potências estrangeiras se intrometessem em questões internas do Brasil, pode minar a soberania nacional e agravar as divisões já existentes.
Essa nova onda de retórica enveredada evidencia não apenas a fragilidade do diálogo político, mas também o impacto potencial que palavras, especialmente de figuras proeminentes, podem ter nas relações internacionais e na percepção do Brasil no exterior. A escalada de tensões sugere que as próximas semanas serão cruciais para o cenário político, com a expectativa de que novas reações e posicionamentos venham à tona, tanto do governo quanto da oposição, à medida que os ânimos se aquecem em direção ao debate sobre as diretrizes do país.