No vídeo, que se apresenta em um formato silencioso, Machado opta por uma abordagem visivelmente carregada de emoção. Ao lado de um quadro que retrata Bolsonaro, o ex-ministro revela seu descontentamento através de um ato simbólico: tira uma camiseta preta e veste uma da seleção brasileira, batendo no próprio peito de forma contundente. Além disso, ele exibe a bandeira nacional, ressaltando um apelo ao patriotismo e à unidade em tempos de crise.
Machado já havia se manifestado publicamente sobre a prisão, ressaltando a coincidência do dia 22, que também marca a data de fundação do Partido Liberal (PL), do qual ambos fazem parte. Em um dos trechos do vídeo, ainda visivelmente emocionado, ele questiona: “Vocês sabem que dia é hoje? 22. Um sábado de manhã. Não precisa ser iluminado intelectualmente para acordar para o que está acontecendo com o meu país, com o seu país.” Essas palavras refletem um forte apelo à conscientização política e à necessidade de resistir ao que considera injusto.
Não é a primeira vez que Gilson Machado utiliza esse formato de vídeo silencioso para se manifestar. Em uma ocasião anterior, ele também havia adotado essa estratégia quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, impôs restrições a Bolsonaro. Com uma mensagem forte, ele declarou: “Tem momentos que o silêncio grita.” Nesse contexto, a combinação de sua vestimenta com o boneco em tamanho real do ex-presidente estava longe de ser casual; trata-se de uma escolha deliberada para expressar sua indignação.
A continuidade dos protestos e a crescente mobilização em torno da figura de Jair Bolsonaro indicam que a turbulência política no Brasil ainda está longe de chegar ao fim. As reações nas redes sociais e entre os seguidores de Machado demonstram que a polarização continua a dominar o cenário nacional, transformando questões judiciárias em assuntos de fervorosa defesa ideológica.
