Gilmar Mendes critica Flávio Bolsonaro e destaca plano de execução em investigação sobre tentativa de assassinato de Lula e autoridades brasileiras.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, trouxe à tona uma série de declarações contundentes em resposta ao senador Flávio Bolsonaro, que minimizou as implicações de um suposto plano de assassinato contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e outras autoridades. Durante uma entrevista à Globo News, Mendes enfatizou que as investigações em curso revelam que se tratava de um “plano de preparação e execução”, e não de mera especulação ou cogitação, conforme alegou Flávio.

A operação da Polícia Federal, denominada Contragolpe, desvendou um esquema que visava impedir a posse de Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin, após as eleições de 2022. Até o momento, cinco indivíduos foram detidos, entre eles, oficiais das Forças Armadas e da Polícia Federal, sendo que seus envolvimentos têm sido descritos como parte de um esforço mais amplo e complexo. Mendes, ao comentar a gravidade das ações planejadas, questionou a normalidade política brasileira desde o pleito, afirmando que havia se enganado ao considerar que não havia mais contestação sobre o resultado das eleições.

Os detidos incluem o tenente coronel Hélio Ferreira Lima e o general Mário Fernandes, que, segundo denúncias, até se encontraram com o então presidente Jair Bolsonaro para discutir as diretrizes do plano. Informações reveladas indicam que os conspiradores haviam elaborado um documento que detalhava métodos específicos de ataque, incluindo opções de envenenamento, e até armamentos como metralhadoras e lança-granadas.

Além disso, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação, destacou que a implementação do plano “só não ocorreu por detalhes”, referindo-se a uma mobilização que culminou em eventos como a tentativa de explosão de um caminhão nas proximidades do aeroporto de Brasília, que antecedeu os tumultos de 8 de janeiro de 2023. Mendes também condenou qualquer possibilidade de anistia a aqueles envolvidos, insistindo na gravidade e na necessidade de responsabilização legal para os implicados em ações contra a segurança do Estado. A situação ressalta um contexto complexo e inquietante para a democracia brasileira.

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