Em abril, Gil e Preta haviam se apresentado juntos, interpretando a canção “Drão”, uma composição repleta de significado, escrita por Gil em homenagem à sua mãe e que se tornou um marco na trajetória da relação entre pai e filha. Este foi o último momento em que eles compartilharam o palco, um testemunho emocionante da conexão que mantinham mesmo nos momentos mais desafiadores, enquanto Preta lutava contra a doença.
Durante a homenagem, Gilberto Gil fez reflexões profundas sobre a vida e a morte, ressaltando a complexidade do tema com uma pitada de humor. Ele comentou que, apesar dos ensinamentos das religiões sobre a continuidade da existência em um plano superior, a questão ainda permanece sem respostas definitivas. “Pretinha, onde quer que esteja, ou não esteja, já esteve. E, no ter estado conosco, estará sempre conosco”, disse, comovendo os presentes.
Preta Gil enfrentou uma batalha intensa contra o câncer, que começou em janeiro de 2023. O diagnóstico de adenocarcinoma foi um choque para a família e os fãs. Após uma série de tratamentos, em dezembro do mesmo ano ela celebrou a cura, no entanto, em agosto de 2024, a doença retornou, afetando outras partes do corpo.
O tributo de Gilberto Gil não foi apenas uma saudação à memória de Preta, mas também um reconhecimento da luta da artista e da importância que ela teve em sua vida e na vida de muitos. O evento acabou por se tornar um espaço de celebração da vida e da arte, unindo os fãs em um só sentimento: a saudade e a admiração por uma filha e artista que deixou um legado significativo. Este momento único reafirma o impacto da música e da cultura na superação de perdas e na forma como lembramos daqueles que amamos.