Segundo a defesa, Braga Netto não realizou reuniões em sua residência para tratar de assuntos ilícitos e nunca recebeu ou repassou recursos para financiar atividades antidemocráticas. Os advogados afirmam que irão se manifestar nos autos após terem total acesso aos fatos que embasaram a decisão da prisão do general.
A Polícia Federal alega que Braga Netto tentou obstruir as investigações ao buscar informações sigilosas sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, por meio do general Mauro Cesar Lourena Cid. Um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Mauro Cid foi encontrado na sede do Partido Liberal, na mesa do assessor de Braga Netto.
Novas informações obtidas em depoimento por Mauro Cid levaram a PF a apontar Braga Netto como um dos principais articuladores das operações ilícitas realizadas pelos investigados. A corporação também relata que em uma reunião na residência do general, Braga Netto teria entregado dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as atividades de monitoramento dos investigados.
Além disso, Braga Netto teria pressionado os comandantes da Aeronáutica e do Exército a aderirem ao plano, chegando a ofender o tenente-brigadeiro Baptista Júnior e o general Freire Gomes. A investigação continua em andamento e novos desdobramentos podem surgir nas próximas horas.
Portanto, a prisão do general Walter Braga Netto aperta o cerco sobre Bolsonaro e seus aliados, revelando detalhes de uma trama golpista que assombra o cenário político brasileiro. A defesa do militar se mantém firme em negar as acusações e buscar esclarecimentos sobre o caso.