Além da detenção de Braga Netto, a Polícia Federal também cumpriu dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar contra suspeitos que estariam atrapalhando as investigações. O coronel Flávio Peregrino, ex-assessor do general, foi alvo de uma busca em Brasília como parte das ações da PF para evitar a continuidade das atividades ilícitas.
Braga Netto é natural de Belo Horizonte e ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1975, alcançando o posto de general do Exército. Ele também foi adido militar do Brasil na Polônia e teve participação na segurança das Olimpíadas do Rio em 2016.
Em sua carreira política, Braga Netto assumiu como ministro da Casa Civil em 2020 e posteriormente como ministro da Defesa. Em abril de 2022, ele deixou o ministério para se candidatar a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições daquele ano.
As investigações da PF apontam que Braga Netto fazia parte de núcleos responsáveis por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado e por operacionalizar medidas coercitivas. Ele teria sido encarregado de escolher alvos para ataques e de influenciar o apoio aos demais núcleos da trama golpista.
Com a derrubada do sigilo do relatório do inquérito, mais detalhes sobre a participação de Braga Netto nesse esquema se tornaram públicos. O general agora está sob custódia do Exército aguardando desdobramentos desse caso que abalou as estruturas políticas do país.