General vice-presidente de Bolsonaro é preso por tentativa de golpe de Estado para impedir posse de Lula em 2022.



No último sábado, dia 14 de dezembro, o general da reserva Walter Souza Braga Netto foi detido em seu apartamento em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Braga Netto, que já ocupou os cargos de chefe da Casa Civil e do Ministério da Defesa, foi preso no âmbito de um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Além da detenção de Braga Netto, a Polícia Federal também cumpriu dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar contra suspeitos que estariam atrapalhando as investigações. O coronel Flávio Peregrino, ex-assessor do general, foi alvo de uma busca em Brasília como parte das ações da PF para evitar a continuidade das atividades ilícitas.

Braga Netto é natural de Belo Horizonte e ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1975, alcançando o posto de general do Exército. Ele também foi adido militar do Brasil na Polônia e teve participação na segurança das Olimpíadas do Rio em 2016.

Em sua carreira política, Braga Netto assumiu como ministro da Casa Civil em 2020 e posteriormente como ministro da Defesa. Em abril de 2022, ele deixou o ministério para se candidatar a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições daquele ano.

As investigações da PF apontam que Braga Netto fazia parte de núcleos responsáveis por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado e por operacionalizar medidas coercitivas. Ele teria sido encarregado de escolher alvos para ataques e de influenciar o apoio aos demais núcleos da trama golpista.

Com a derrubada do sigilo do relatório do inquérito, mais detalhes sobre a participação de Braga Netto nesse esquema se tornaram públicos. O general agora está sob custódia do Exército aguardando desdobramentos desse caso que abalou as estruturas políticas do país.

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