General golpista revela em gravação que deu uma “bicuda” nas “quatro linhas da Constituição”, segundo transcrição da PF.



O ex-integrante do governo Bolsonaro, general Mário Fernandes, tornou-se alvo das investigações da Polícia Federal (PF) ao ser um dos 37 indiciados por Golpe de Estado. Em uma gravação transcrita pela PF, o militar confessou ter dado uma “bicuda” nas “quatro linhas da Constituição”. Nas investigações feitas pela PF, foi revelado que o general atuava para impedir a posse do presidente Lula e até mesmo planejava o assassinato de autoridades, sendo considerado o mais radical entre os militares golpistas.

Em uma troca de mensagens por aplicativo, Mário recebeu uma mensagem de um contato identificado como Sérgio, que expressou sua frustração em discutir sobre as “quatro linhas da Constituição”. Em sua resposta, o general afirmou: “Meu pensamento é o mesmo, meu amigo. Eu já dei uma bicuda nessas quatro linhas há muito tempo”.

A expressão “jogar dentro das quatro linhas da Constituição” era utilizada pelo ex-presidente Bolsonaro em 2022 como uma tentativa de mostrar moderação. Mário Fernandes, que já foi chefe na Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro, auxiliava diretamento acampamentos no QG do Exército em Brasília, conforme apontado pela PF. Ele teria inclusive elaborado um plano estratégico para executar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, o que culminou em sua prisão na operação Contragolpe.

A revelação do envolvimento do general Mário Fernandes em um possível Golpe de Estado gerou grande repercussão na imprensa e na opinião pública. A sociedade brasileira acompanha com atenção os desdobramentos dessa investigação, que envolve altas figuras do governo e das Forças Armadas. A PF continua a apuração dos fatos para garantir a segurança e a estabilidade institucional do país.

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