Em uma troca de mensagens por aplicativo, Mário recebeu uma mensagem de um contato identificado como Sérgio, que expressou sua frustração em discutir sobre as “quatro linhas da Constituição”. Em sua resposta, o general afirmou: “Meu pensamento é o mesmo, meu amigo. Eu já dei uma bicuda nessas quatro linhas há muito tempo”.
A expressão “jogar dentro das quatro linhas da Constituição” era utilizada pelo ex-presidente Bolsonaro em 2022 como uma tentativa de mostrar moderação. Mário Fernandes, que já foi chefe na Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro, auxiliava diretamento acampamentos no QG do Exército em Brasília, conforme apontado pela PF. Ele teria inclusive elaborado um plano estratégico para executar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, o que culminou em sua prisão na operação Contragolpe.
A revelação do envolvimento do general Mário Fernandes em um possível Golpe de Estado gerou grande repercussão na imprensa e na opinião pública. A sociedade brasileira acompanha com atenção os desdobramentos dessa investigação, que envolve altas figuras do governo e das Forças Armadas. A PF continua a apuração dos fatos para garantir a segurança e a estabilidade institucional do país.