Os mandados cumpridos incluem uma prisão preventiva, dois de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão, todos eles direcionados a investigados que estariam atrapalhando a produção de provas durante o processo penal. O coronel Flávio Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, também foi alvo de busca em Brasília.
O inquérito que resultou nas medidas judiciais teve início no dia 21 de novembro, quando a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, além dos ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, entre outros, por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas, incluindo o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Com a divulgação do relatório final do inquérito da PF que apura a tentativa de golpe de Estado pós-eleições de 2022, descobriu-se que o general Braga Netto fazia parte de dois núcleos de atuação do grupo suspeito de envolvimento na trama golpista. O general era integrante do “Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado” e do “Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas”.
Walter Souza Braga Netto, que já ocupou cargos de destaque no governo Bolsonaro, como ministro-chefe da Casa Civil e ministro da Defesa, foi candidato a vice-presidente na chapa presidencial de 2022. As ações da Polícia Federal buscam evitar a reiteração de condutas ilícitas e garantir a continuidade das investigações.