Em meio a esse cenário complexo, o general Mário Fernandes, preso na terça-feira (19/11) durante a Operação Contragolpe, esteve no Batalhão de Polícia do Exército em Brasília, no dia 11 de maio de 2023, para visitar Mauro Cid, que à época ocupava um cargo especial no gabinete de Eduardo Pazuello. Fernandes, que tinha um salário de R$ 15,6 mil, foi detido por planejar os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Outros dois oficiais implicados nesse contexto foram o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira e o coronel Cleverson Ney Magalhães, que foram juntos visitar Mauro Cid no Batalhão de Polícia do Exército no dia 16 de maio de 2023. A PF aponta que Theophilo teria concordado com o golpe militar e participado de uma reunião com Bolsonaro e outros oficiais de alta patente para finalizar detalhes da minuta do golpe, em novembro de 2022.
Cleverson, por sua vez, subordinado de Theophilo, também foi investigado em operações anteriores e negou participação no plano de golpe militar e na reunião com Bolsonaro em dezembro de 2022, embora tenha admitido ter conversado com Mauro Cid via WhatsApp. Esses desdobramentos continuam a ecoar na esfera política e militar do país, revelando um cenário de extrema delicadeza e implicações graves.