O drama começou a ser desvendado quando Debora Maria, moradora de São Sebastião, foi informada por uma mulher sobre a existência de um menino exatamente igual a um de seus filhos em uma creche de Craíbas. A partir disso, uma série de investigações e exames de DNA confirmaram a troca, envolvendo também a mãe de Bernardo, Maria Aparecida, moradora de Craíbas.
A história ganhou contornos dramáticos e emocionais quando as famílias se depararam com a realidade da troca e o dilema sobre quem deve ficar com cada criança. A promotora de Justiça Viviane Karla, que acompanha o caso, revelou que as famílias tentaram uma conciliação, sem sucesso, e que a família biológica dos gêmeos ingressou com um processo judicial buscando a guarda das três crianças.
A Gazeta foi em busca de mais detalhes sobre as duas famílias. Em São Sebastião, encontrou Debora Maria e seu esposo, que se mostraram abalados com a situação, sem conceder entrevistas. Já em Craíbas, Maria Aparecida relatou sua versão dos fatos, ressaltando que não desconfiou da troca e que o primeiro encontro dos irmãos foi marcante para todos.
O processo judicial em andamento na primeira instância está próximo de uma decisão final, mas independente do veredicto, caberão recursos. Enquanto isso, as crianças convivem por meio de visitas, enfrentando a complexidade da situação que mexe com os sentimentos e a rotina das famílias envolvidas.
O caso das crianças trocadas na maternidade em Alagoas reflete não apenas a tragédia individual das famílias, mas também questionamentos mais amplos sobre responsabilidades e cuidados no sistema de saúde e Justiça. A busca por respostas e soluções para essa situação delicada continua mobilizando a sociedade e as autoridades locais.