Serial Killer em Guarulhos: Ana Paula Veloso Fernandes Confessa Envolvimento em Homicídios
No início de setembro, a 1ª Delegacia de Polícia de Guarulhos foi marcada por um depoimento que chocou a cidade e o estado. Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, presa no dia 7, confessou sua participação em dois dos homicídios em investigação, revelando detalhes perturbadores sobre seu envolvimento em uma série de mortes por envenenamento. Durante um interrogatório que se estendeu por mais de três horas, Ana fez comentários sobre sua relação com as vítimas, pouco antes dos crimes, expôs suas táticas de manipulação e até mencionou rituais macabros que teriam ocorrido em sua vida.
No centro da investigação, estão as afirmações de que Ana utilizou um aplicativo para modificar sua voz com a intenção de desviar a atenção da polícia e enviar mensagens a amigos e familiares das vítimas. Um dos casos mais impactantes gira em torno do assassinato de Neil Corrêa da Silva, onde Ana teria vindo a acompanhar a agonia da vítima até sua morte, após a ingestão de uma refeição supostamente envenenada.
A situação se complica ainda mais com a participação de sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, que também está detida e foi indiciada por envolvimento nas quatro mortes. De acordo com as autoridades, houve até uma disputa financeira entre as irmãs, revelando a frieza do planejamento que cercava esses crimes.
Além das irmãs, Michele Paiva da Silva, que teria contratado Ana e Roberta para assassinar Neil, foi presa e está sob investigação. As mensagens trocadas entre as gêmeas, interceptadas pela polícia, revelam um enredo complicado, onde o dinheiro para os homicídios estava embutido em códigos como “TCC”, referindo-se aos chamados “Trabalhos de Conclusão de Curso”.
As vítimas de Ana Paula incluem amigos e conhecidos, todos assassinados em circunstâncias suspeitas e com motivações financeiras ou pessoais. Uma estratégia grotesca por parte da acusada foi o uso de venenos testados em cachorros antes de serem utilizados em humanos, o que demonstra um grau alarmante de premeditação e crueldade.
Com o desenrolar das investigações, os investigadores buscam realizar pericias adicionais, coleta de evidências e até exumações para conectar os pontos e expandir as implicações dos crimes. Ana Paula se mantém presa desde seu primeiro interrogatório, enquanto Roberta enfrenta a possibilidade de um julgamento por suas alegações de ajuda e cumplicidade, evidenciando uma rede de assassinatos que se desdobra com cada nova descoberta.
