Os dados coletados pelo GDF revelam que uma parte significativa das pessoas identificadas em situação de rua possui residência e renda suficiente. Muitos são cidadãos do entorno que se deslocam ao Plano Piloto, utilizando sua condição para obter doações que não são tão necessárias. O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, destacou que essa situação gera um ciclo de doações que, em vez de atender a quem genuinamente precisa, acaba sustentando aqueles que têm outros interesses, como a revenda de bens doados.
A operação de mapeamento envolve a colaboração de várias secretarias e órgãos, incluindo a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do DF, a Secretaria do Desenvolvimento Social, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. O objetivo central é cruzar informações das pessoas cadastradas em programas sociais, assegurando que as doações se dirijam a quem realmente precisa.
Além disso, o GDF orienta aqueles que desejam contribuir com donativos a se dirigirem a entidades efetivas e cadastradas, que garantem a destinação correta dos recursos. A lista dessas instituições está disponível no site da Secretaria de Desenvolvimento Social.
Ainda segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social, a população em situação de rua no DF é composta por mais de 3.500 pessoas, com um aumento neste número nos períodos festivos. Desde maio do ano passado, o GDF implementou um Plano de Ação que já resultou em mais de 401 ações de acolhimento e quase 3 mil atendimentos. Essas iniciativas não só oferecem suporte material, mas também acesso a serviços de saúde, educação e oportunidades de qualificação profissional.
O papel do governo é claro: garantir a proteção social e a implementação de políticas públicas integradas que visem a autonomia e o reintegração social dessas pessoas, abrindo caminhos para que possam deixar as ruas e retomar sua dignidade.







