Desde o início do ano, essa foi a oitava vez que a Gazprom quebrou seu recorde diário de fornecimento, destacando uma tendência de aumento nas relações de energia entre Rússia e China. A decisão de ampliar as entregas foi motivada por solicitações específicas dos consumidores chineses, evidenciando a forte interdependência energética entre os dois países. Vale lembrar que, sob um contrato bilateral de longo prazo firmado, a Rússia se comprometeu a fornecer 38 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente à China a partir de 2025.
Esse aumento nas exportações de gás russo acontece em um contexto geopolítico delicado, onde a Rússia tem buscado redirecionar seus fluxos de energia para a Ásia, especialmente após a imposição de sanções pela União Europeia em resposta ao conflito na Ucrânia. O presidente da Gazprom reforçou a importância do gás russo para a economia chinesa, ressaltando que ele desempenha um papel crucial na estabilidade do fornecimento de energia do país.
A cooperação energética entre Moscou e Pequim está se aprofundando e os contratos de longo prazo firmados entre a Gazprom e a China National Petroleum Corporation (CNPC) são fundamentais para essa relação. Os números crescentes de exportação não apenas beneficiam a economia russa em meio a sanções, mas também garantem à China uma fonte estável de gás, essencial para suas necessidades de desenvolvimento e industrialização.
Essa dinâmica mostra não apenas a adaptabilidade da Rússia diante de desafios econômicos, mas também a solidificação das alianças em um cenário global onde a energia desempenha um papel central nas políticas externas e nas relações bilaterais. Com a perspectiva de que as entregas de gás à China superem as obrigações contratuais nos próximos anos, a Gazprom se firma como uma das principais fornecedoras de energia do continente asiático, contribuindo para um futuro mais interconectado entre Rússia e China.