As circunstâncias exatas do tiroteio permanecem incertas. O Exército israelense se manifestou, afirmando que não tinha conhecimento de feridos causados pelas suas tropas dentro do local, mas não descartou a possibilidade de disparos nas imediações. Em contrapartida, o grupo Hamas responsabilizou Israel por atacar civis que apenas buscavam socorro. A situação gerou grande comotão nas redes e nos veículos de comunicação, embora a veracidade dos relatos ainda não tenha sido confirmada de maneira independente.
Este incidente se dá em um contexto em que se implementa um novo plano de ajuda humanitária em Gaza, concebido para reorganizar a entrega de suprimentos e impedir que o Hamas desvie os recursos. No entanto, agências humanitárias, incluindo as Nações Unidas, levantaram sérias preocupações sobre essa abordagem, argumentando que ela politiza a assistência e pode intensificar o controle israelense sobre a região.
Embora algumas operações de distribuição tenham transcurrido sem maiores problemas, outros episódios de caos aconteceram, incluindo disparos de advertência dados por forças israelenses. No último dia 27, um tumulto ocorreu em Tel al-Sultan, também em Rafah, onde as situações de desespero e necessidade foram palpáveis, resultando em feridos.
A crise humanitária em Gaza já se agravava com o bloqueio quase total imposto por Israel nos últimos meses, provocando uma grave escassez de alimentos, combustíveis e medicamentos. A precariedade da situação levou ao fechamento de cozinhas comunitárias e ao aumento da desnutrição, especialmente entre crianças. A partir de meados de maio, Israel iniciou um alívio parcial nas restrições, mas esse novo sistema de distribuição ainda é alvo de amplas críticas.
Enquanto a comunidade internacional observa, a situação em Gaza continua a ser de extrema tensão e necessidade, evidenciada pelos eventos trágicos que ocorrem em meio a uma população desesperada por ajuda.