De acordo com Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil, a maioria das vítimas em Khan Younis, 23 no total, foi encontrada nas imediações de centros de distribuição de alimentos e outras ajudas, todos suportados pela ajuda internacional. Outras três pessoas perderam a vida dentro de uma escola que foi transformada em abrigo de emergência. No norte da Faixa de Gaza, o cenário foi ainda mais devastador, onde um tiroteio, atribuído a forças militares israelenses, resultou na morte de 18 indivíduos e deixou 198 feridos enquanto aguardavam por auxílio.
Nos centros urbanos da região, a violência não alivia. Informações de testemunhas relatam que, em meio a um clima de caos, outros sete palestinos foram mortos a tiros por agentes israelenses, ilustrando a profundidade da crise humanitária que o local enfrenta. Munir al-Barash, diretor-geral das autoridades de saúde de Gaza, denunciou a grave situação dos hospitais, que operam em condições extremas de superlotação, com taxas de ocupação de leitos que variam entre 180% e 300%. Esta realidade emergencial levou a uma utilização indevida de corredores para acomodar pacientes.
Al-Barash não hesitou em classificar essa situação como “um crime contra a humanidade”, argumentando que o colapso dos serviços de saúde implica a condenação direta de vidas inocentes. Em um contexto mais amplo, as autoridades de saúde em Gaza estimam que os combates iniciados em março resultaram na morte de pelo menos 9.350 palestinos e ferimentos em outros 37.547, refletindo um aumento alarmante no total de vítimas desde outubro de 2023, que chega a 60.839 mortos e 149.588 feridos. A situação permanece crítica, com o apelo por ajuda humanitária ganhando urgência em meio ao conflito contínuo.