Gabinete de segurança israelense se reúne para discutir manutenção do cessar-fogo em Gaza e envio de representantes ao Cairo.



Após o início da guerra em Gaza, o gabinete de segurança israelense está programado para se reunir nesta segunda-feira para discutir a manutenção do cessar-fogo no enclave. O acordo, que entrou em vigor no dia 19 de janeiro, deve ser debatido com representantes israelenses no Cairo, no Egito, após a visita do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que esteve na região para negociar a segunda etapa da trégua.

A delegação israelense partirá para a capital do Catar, após uma conversa entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff. O objetivo das negociações é dar continuidade à implementação da primeira fase do acordo e permitir a entrada de cerca de 60 mil casas pré-fabricadas e material de terraplanagem na Faixa de Gaza, viabilizando assim a retirada dos escombros deixados pela guerra. Em troca, Israel espera garantias para a libertação de seis reféns nos próximos dias.

Essa etapa inicial prevê ainda a libertação de mais prisioneiros e detidos palestinos, a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza e um cessar-fogo permanente. Já a terceira e última fase do acordo será voltada para a reconstrução do território, estimando um investimento de mais de US$ 53 bilhões, de acordo com a ONU.

Em um encontro com o secretário de Estado americano Marco Rubio, no domingo, o premiê israelense destacou que Israel e os Estados Unidos têm uma estratégia comum, porém sem divulgar detalhes publicamente. Rubio segue viagem para a Arábia Saudita, onde discutirá o papel do Hamas na região e firmará alianças com líderes sauditas antes de visitar os Emirados Árabes Unidos. O secretário de Estado enfatizou que o Hamas não pode continuar como força militar ou governamental e deve ser eliminado.

Os comentários de Rubio ecoaram no Irã, que criticou a postura de Netanyahu de ameaçar abrir os “portões do inferno” para o Hamas e “terminar o trabalho” com o Irã. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghai, denunciou a violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas por parte de Israel, além de ressaltar que o país não pode fazer nada contra o Irã.

A trégua em Gaza, que está em vigor desde janeiro, é resultado de 15 meses de guerra, porém tem sido ameaçada por violações recentes de ambas as partes. Após a mediação de Qatar e Egito, o Hamas libertou três reféns israelenses e Israel soltou 369 prisioneiros palestinos, em mais uma tentativa de manter o acordo. A incerteza em relação ao futuro da trégua persiste, mas as negociações continuam em um esforço conjunto para garantir a paz na região.

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