A defesa do jogador, representada pelo especialista Bichara Neto, afirmou que as atitudes atribuídas a Gabigol no caso não se enquadravam no conceito de fraude segundo os precedentes da Corte de Arbitragem do Esporte. A equipe do atleta pretende recorrer da decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS). Com a punição, Gabigol está fora da final do Campeonato Carioca, marcada para o próximo sábado.
Casos de suspensão por doping não são incomuns no futebol brasileiro, com jogadores de clubes renomados já tendo enfrentado punições semelhantes. Um dos casos mais notórios foi o do atacante Paolo Guerrero, que ficou mais de nove meses suspenso após um teste positivo para um metabólito da cocaína em 2017. Outros jogadores como Manoel, Fred, Dodô e Jobson também foram punidos por violações ao código antidopagem.
No caso de Gabigol, a pena será contabilizada a partir do dia 8 de abril de 2023, data em que foi realizada a coleta no centro de treinamento do Flamengo. A suspensão poderá ser reduzida para cerca de um ano se o jogador conseguir reverter a decisão no CAS. O Flamengo se manifestou afirmando estar surpreso com a punição e prometeu apoiar o atleta no processo de apelação.
O julgamento de Gabigol durou cerca de 8 horas e contou com a participação de nove membros do TJD/AD. A acusação contra o jogador incluiu a tentativa de esconder a genitália durante o exame de urina e a recusa em realizar a coleta de sangue antes do treino. A defesa alegou que não houve intenção de fraude por parte de Gabigol e acredita na reversão da decisão no CAS.