Segundo informações de um porta-voz canadense, a pressão dos EUA para suavizar o teor da declaração foi uma das principais razões para a decisão de cancelar o documento, que já havia sido considerado um reforço à posição da Ucrânia, especialmente considerando a presença do presidente ucraniano na reunião. O impasse resultou na divulgação, por parte de apenas seis dos sete países integrantes, de uma declaração que deverá ser revelada mais tarde pelo primeiro-ministro canadense, Mark Carney.
Neste contexto conturbado, os líderes conseguiram consenso em outros pontos, ao final liberando seis declarações conjuntas relacionadas a temas variados. Dentre estes, destacam-se discussões sobre um plano de ação do G7 voltado para minerais críticos, a colaboração no combate a incêndios florestais e a promoção de práticas responsáveis no uso de tecnologias de inteligência artificial. Esses tópicos, embora relevantes, contrabalançam a ausência de uma posição firme em relação ao conflito ucraniano, que continua a ser uma questão central na agenda internacional.
O plano sobre minerais críticos reflete uma intenção estratégica de fortalecer parcerias com mercados emergentes e países em desenvolvimento, com a promessa de apoiar locais na criação de valor e ampliar oportunidades. Essa abordagem inclui a promoção de práticas sustáveis em atividades de mineração, a luta contra a violência de gênero e o suporte ao desenvolvimento da mineração artesanal.
Essas dinâmicas dentro do G7 ressaltam a complexidade das relações internacionais e o impacto de interesses nacionais que, em última instância, podem minar a coesão entre nações que buscam um posicionamento unificado frente a crises globais.