G20 na África do Sul corre risco de não emitir declaração conjunta, inédito na história do fórum internacional, devido a divergências significativas nas negociações.

Cúpula do G20 na África do Sul Rumo a um Desfecho sem Declaração Conjunta

A iminente Cúpula do G20, que ocorrerá em Joanesburgo nos dias 22 e 23 de novembro de 2025, enfrenta sérias dificuldades nas negociações que prepararam o terreno para o evento. Fontes apontam que a possibilidade de um desfecho sem uma declaração conjunta dos líderes é cada vez mais real. Este cenário marcaria um momento inédito na história do G20, que foi estabelecido em 2008, após a crise financeira global, como um fórum para discutir políticas econômicas e de desenvolvimento entre as maiores economias do mundo.

Entre os principais obstáculos identificados, estão divergências em relação a questões cruciais como comércio, energia, mudanças climáticas e igualdade de gênero. O consenso necessário para uma declaração final ainda não foi alcançado, com o documento sendo acordado apenas parcialmente. Diante da falta de um entendimento robusto, a expectativa é que, ao invés de uma declaração formal, os líderes emita um pronunciamento individual, possivelmente do presidente rotativo do G20.

A situação se complica ainda mais com a postura do governo dos Estados Unidos. O presidente, Donald Trump, já manifestou sua intenção de não reconhecer uma declaração coletiva, o que cria um novo desafio para a efetividade e legitimidade dos diálogos. A ausência de um documento final na cúpula sublinha não apenas as tensões atuais, mas também as diferentes prioridades e visões que os países membros mantêm em relação a questões globais.

Adicionalmente, as tensões políticas aumentaram com a decisão de Trump de boicotar a cúpula, alegando violações de direitos humanos na África do Sul. Em resposta, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, afirmou que a cúpula acontecerá independentemente da presença do líder americano, enfatizando a importância do evento para o continente africano.

A cúpula, que já enfrentou críticas e incertezas, promete desafios significativos para os líderes mundiais reunidos em Joanesburgo. As discussões que ali ocorrerão moldarão não apenas as relações entre os países, mas também as diretrizes para questões globais que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo.

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