O texto aprovado enfatiza a necessidade de priorizar a mitigação de desastres naturais e apresenta uma série de propostas para alcançar esse objetivo. Entre as iniciativas sugeridas estão a criação de mecanismos de financiamento, implementações de ações antecipatórias e políticas voltadas à disseminação de informações acessíveis sobre riscos. Estas ações são especialmente relevantes para enfrentar ocorrências que afetam o Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a seca na Amazônia e os incêndios no Pantanal.
Durante uma coletiva de imprensa, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a relevância da declaração em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo presidente Lula, que atua como presidente pro tempore do G20. Góes ressaltou que a redução das desigualdades e das vulnerabilidades enfrentadas pela população deve ser uma prioridade, pois estas questões estão intrinsicamente ligadas à redução do risco de desastres.
O compromisso dos ministros que participaram da reunião é levar as discussões e avanços obtidos em Belém para a África do Sul, de modo a reforçar a missão de mitigar os riscos de desastres em diversas escalas – local, nacional e global – especialmente em um cenário marcado pelas mudanças climáticas.
O ministro das Cidades, Jader Filho, enfatizou que o governo brasileiro se empenhará para que a declaração se transforme em ações concretas. Ele mencionou que o consenso alcançado, apesar da diversidade de opiniões entre as nações do G20, representa um passo significativo para a implementação de políticas que visem proteger as áreas mais vulneráveis, como as periferias e favelas do Brasil. A postura proativa do governo é ainda destacada com a alocação de 3 bilhões de dólares (equivalente a aproximadamente 17,6 bilhões de reais) para a prevenção de desastres, reforçando o compromisso do país com a segurança e o bem-estar de sua população frente a catástrofes naturais.