Fungo raro causador de micose sexualmente transmissível é relatado nos EUA, desafiando médicos no tratamento de infecções fúngicas.

Uma micose sexualmente transmissível causada por um fungo raro foi reportada pela primeira vez nos Estados Unidos, gerando preocupações entre médicos em relação ao tratamento de infecções fúngicas. O caso, documentado por profissionais da NYU Langone Health, em Nova York, envolve um homem de 30 anos que contraiu o fungo durante uma viagem envolvendo relações sexuais com diversos parceiros em diferentes países.

Após retornar para casa, o paciente desenvolveu uma erupção cutânea vermelha e com coceira nas pernas, virilha e nádegas. Exames revelaram que ele estava infectado com um fungo chamado Trichophyton mentagrophytes tipo VII, nunca antes identificado nos EUA. No ano anterior, treze casos do mesmo fungo foram diagnosticados na França, a maioria em homens que faziam sexo com outros homens.

O tratamento do paciente americano envolveu o uso de antifúngicos orais, como fluconazol, terbinafina e itraconazol, prolongando-se por quatro meses e meio até a completa cura. O professor Avrom Caplan, da NYU Grossman School of Medicine, alertou para a importância de buscar ajuda médica em caso de erupções cutâneas persistentes, especialmente em áreas como a virilha.

A transmissão do fungo provavelmente ocorreu por meio de contato sexual, embora o paciente tenha citado a possibilidade de contaminação em uma sauna. Caplan ressaltou que a erupção pode ser confundida com eczema, diferindo das típicas lesões circulares de micoses. Apesar de não ser fatal, a infecção pode deixar cicatrizes permanentes.

Além disso, Caplan identificou um surto de uma outra infecção fúngica em 2023, causada por Trichophyton indotineae, resistente a medicamentos e altamente contagiosa. A equipe da NYU Langone Health já diagnosticou onze casos dessa micose em Nova York, evidenciando a importância da vigilância e tratamento adequado de infecções fúngicas.

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