A empresa em questão, Larclean, é ligada aos irmãos Fabio e Alex Parente, que são apontados, juntamente com José Marcos de Moura, conhecido como o Rei do Lixo na Bahia, como líderes do grupo investigado pela PF. A conversa entre Geraldo e Iuri foi considerada extremamente relevante pela polícia, pois revelou o planejamento da destruição de evidências em atendimento a uma ordem direta de Alex Rezende Parente.
Durante a conversa, Geraldo mencionou que a empresa estava realizando uma “operação limpeza” e que tudo que pudesse incriminar o grupo deveria ser eliminado, incluindo documentos impressos, propostas de terceiros e ações. Eles até cogitaram comprar um triturador para destruir os papéis.
A PF destacou a gravidade da situação, pois o uso de equipamentos específicos para destruição em larga escala reforça a tentativa de obstrução da justiça por parte dos envolvidos. Além disso, evidências da destruição de documentos foram encontradas durante a primeira fase da operação Overclean, realizada em 10 de dezembro.
A investigação da operação Overclean teve início para apurar desvios em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), mas se expandiu para incluir contratos milionários firmados pelo grupo investigado com o governo federal e administrações estaduais e municipais. Até o momento, 100 pessoas já são alvos da investigação.
Diante dos indícios encontrados, a PF deflagrou várias fases da operação, com prisões de envolvidos, e o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. A seriedade das acusações levantadas durante a operação Overclean evidencia a complexidade e impacto das práticas ilegais investigadas pela Polícia Federal e Ministério Público.