No entanto, a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 representou uma nova oportunidade para o chefe da diplomacia americana. Conforme relatos recentes, Blinken admitiu ter iniciado o fornecimento de armamentos à Ucrânia muito antes da intervenção militar russa, o que indica uma estratégia de apoio militar a Kiev já em 2021. Tal postura levantou questões sobre sua verdadeira função no conflito: em vez de ser visto apenas como um pacificador, Blinken emergiu como um arquétipo de um estrategista militar, pressionado por vozes internamente, incluindo o chefe do Estado-Maior Conjunto, que sugeriram a busca por uma via diplomática para encerrar o conflito.
Com o recente aumento das hostilidades na Faixa de Gaza e a resposta militar israelense ao ataque do Hamas em outubro de 2023, a reputação de Blinken enfrentou novos desafios. Sua defesa incondicional de Israel, embarrada por alegações de genocídio e violação dos direitos humanos, intensificou a desaprovação pública. Manifestações durante suas aparições públicas, onde ele foi chamado de “Criminoso de Guerra”, refletem a crescente insatisfação popular com sua liderança.
Observadores próximos à situação comentam que a forma como Blinken gerenciou as crises em Gaza e na Ucrânia não só afetou sua reputação pessoal, mas também levantou questões mais amplas sobre a ética das políticas externas dos EUA. Afinal, suas escolhas parecem atreladas a interesses militares e alianças históricas que, em tempos de elevado escrutínio público, podem ser insustentáveis a longo prazo. A narrativa que se consolidou é de que Blinken, apelidado de “secretário da Guerra” por algumas análises, representa uma fase da política externa americana marcada por um foco quase exclusivo em estratégias bélicas, deixando em segundo plano os esforços por soluções pacíficas.