Funcionária do PL no Piauí alega demissão por intolerância religiosa e é alvo de ataques a sua fé; Federação Umbandista repudia ações e pede responsabilização.

Uma funcionária do Partido Liberal (PL) no Piauí trouxe à tona alegações graves de intolerância religiosa que culminaram em sua demissão. Denise Xavier, que exercia a função de secretária-adjunta da sigla, revelou que se tornou alvo de ataques dirigidos à sua fé, o que a deixou em uma situação profundamente desconfortável e, segundo ela, insustentável para sua permanência no cargo.

Em um desdobramento chocante, a Federação Umbandista do Brasil (Feubra) emitiu uma nota oficial condenando a conduta discriminatória experimentada por Denise. A instituição denunciou que a funcionária foi chamada de “macumbeira” em conversas no aplicativo WhatsApp, além de ter sido injustamente acusada de transportar um despacho para a sede do partido. Essa acusação infundada não só feriu a dignidade de Denise, mas também expôs um comportamento repleto de preconceitos, evidenciado pelo fato de que observações maldosas foram feitas sugerindo a instalação de câmeras para monitorar se ela estaria levando “terra de cemitério” ao local.

De acordo com a Feubra, essas práticas revelam um profundo desrespeito à diversidade religiosa e violam princípios constitucionais fundamentais, configurando uma clara intolerância religiosa. A entidade fez um apelo ao partido para que tome medidas efetivas, identificando e responsabilizando aqueles que participaram dessas ações preconceituosas. Além disso, a Federação expressou solidariedade a Denise, sublinhando a importância de se combater essas práticas discriminatórias.

Esse episódio não apenas levanta questões sobre liberdade religiosa e direitos humanos, como também expõe a necessidade de um olhar mais atento às questões de diversidade dentro das esferas políticas. A intolerância religiosa, especialmente contra religiões de matriz africana, ainda é uma realidade que precisa ser enfrentada com seriedade e urgência. A situação de Denise serve como um apelo à reflexão sobre o respeito pelas crenças individuais e a necessidade de um ambiente livre de discriminação, onde todos possam exercer sua fé sem temor. A nota da Feubra, ao solicitar ação do PL no Piauí, reflete um desejo de mudança e de promoção da tolerância em um cenário político que muitas vezes se mostra hostil à diversidade.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo