A jovem, que sempre se apresentou de forma formal e discreta no ambiente profissional, decidiu adotar o penteado em um momento de expressão de sua identidade. No entanto, ao usar as tranças pela primeira vez em seu trabalho, foi advertida por sua supervisora, que a alertou sobre a possibilidade de perder o emprego caso não as removesse. Atendendo ao apelo da chefe, Daniela decidiu tirar as tranças, mas a situação se repetiu quando resolveu usar um estilo considerado mais “aceitável” para a empresa.
Três dias após a nova permissão para usar tranças, a supervisora novamente a chamou para exigir a remoção do penteado, alegando que este não se encaixava no “perfil” da empresa. Daniela, por outro lado, destacou que seu estilo de vestir era sempre adequado ao ambiente de trabalho e que a questão envolvia um componente racial. “Não basta sofrer racismo, a gente ainda precisa juntar provas para provar o que aconteceu. É sempre a nossa palavra contra a deles”, desabafou.
Ao se recusar a retirar as tranças, Daniela foi dispensada no mesmo dia e teve que cumprir um aviso prévio, um processo que descreveu como humilhante e constrangedor. A chefe alegou que a decisão de demitir se baseou em normas de estilo da empresa, mas a jovem acredita que a verdadeira questão é a discriminação racial que permeia esses padrões.
Este caso não apenas destaca os desafios enfrentados por muitos profissionais que buscam expressar sua identidade cultural, mas também evidencia a necessidade de maior discussão sobre diversidade e inclusão no ambiente corporativo.