Fujimorismo em Xeque: Keiko Fujimori Enfrenta Desafios na Reta Final para as Eleições de 2026 no Peru



As eleições de 2026 no Peru se apresentam como um verdadeiro termômetro para o futuro do fujimorismo, com Keiko Fujimori, a atual líder do partido Força Popular e filha do ex-presidente Alberto Fujimori, em meio a um cenário cada vez mais desafiador. Após perder em três disputas presidenciais anteriores, Keiko parece reconsiderar sua trajetória, sinalizando a possibilidade de afastar-se da candidatura. Essa mudança de postura foi notada por analistas, que veem uma alta probabilidade de que Keiko não avance para o segundo turno nas próximas eleições.

Em declarações recentes, Keiko mencionou a possibilidade de “ceder” sua candidatura para outros membros de seu partido e até mesmo de formar alianças com diferentes setores da direita peruana. Essa é uma novidade significativa, pois representa a primeira vez desde a fundação do Fuerza Popular que sua liderança é questionada. Historicamente, Keiko se manteve como a figura central do partido, tendo disputado as eleições presidenciais em 2011, 2016 e 2021, sempre sem sucesso nas fases decisivas.

No entanto, a situação se complica para a política peruana com uma nova acusação de lavagem de dinheiro levantada pela equipe Lava Jato da Procuradoria Nacional do Peru. As implicações legais sobre sua trajetória política são sérias, com uma pena sugerida de 35 anos de prisão. Embora a acusação ainda esteja pendente de avaliação judicial, muitos especialistas apontam que os obstáculos enfrentados por Keiko são mais políticos do que jurídicos, especialmente considerando a imagem negativa associada ao governo de Dina Boluarte.

Ainda assim, toda essa turbulência não impediu Keiko de liderar as pesquisas de intenção de voto, embora com um percentual modesto, de aproximadamente 10%. Competidores como Rafael López Aliaga, atual prefeito de Lima, e o comediante Carlos Álvarez começam a ganhar espaço no imaginário eleitoral. A classe política peruana é caracterizada por um sistema quase dinástico, onde o sobrenome Fujimori ainda exerce influência, mesmo diante de desafios palpáveis.

Keiko enfrenta um dilema: se decidir não se candidatar, quem poderia substituir sua figura? Para muitos dentro do Fuerza Popular, ela é a única capaz de assegurar a mínima representação necessária no Congresso. Por outro lado, Kenji Fujimori, seu irmão, ressurgiu nas discussões e poderia ser visto como uma opção, mas ainda é percebido com desconfiança por muitos líderes do partido.

Com a confirmação crescente de pré-candidaturas, a dinâmica política está em transformação, e o futuro do fujimorismo no Peru depende de como esses desafios serão enfrentados nas urnas em 2026.

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