O presidente da federação, Gentil Nei Espírito Santo da Silva, assinou a nota e refutou qualquer suspeita de favorecimento ilícito aos servidores que poderia ter facilitado a fuga dos detentos. Ele classificou os comentários nesse sentido como “irresponsáveis”. Silva também alertou que, caso haja algum envolvimento de um policial penal federal na fuga, medidas serão tomadas sem hesitação, sem corporativismo.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou sua viagem para Mossoró, onde acompanhará as buscas pelos dois fugitivos. A ida do ministro foi confirmada pela secretaria e acontece após a notícia de que os fugitivos fizeram uma família refém.
Para desmentir a tese de favorecimento, Silva apontou para a presença de prisioneiros de alto poder econômico na mesma penitenciária sem qualquer histórico de fuga ou rebelião. Ele destacou também problemas estruturais na unidade, como a ausência de muralhas, objeto de demanda da federação em 2019.
Seguindo as investigações, cerca de 300 policiais, incluindo agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias locais, estão trabalhando nas buscas pelos fugitivos. A hipótese é de que os detentos estejam em um raio de 15 quilômetros ao redor da penitenciária.
Duas investigações estão em andamento, uma administrativa, apurando as circunstâncias da fuga, e outra criminal, investigando possíveis facilitadores. O presidente da federação reforçou a confiança na apuração dos fatos e destacou o histórico brilhante dos profissionais envolvidos.
A manifestação da federação vem em meio a um cenário de tensão e preocupação com a segurança pública, ressaltando a importância da transparência e responsabilidade na apuração dos fatos. A fuga dos detentos continua sendo objeto de intensas buscas por parte das autoridades competentes.