Fronteira entre Egito e Faixa de Gaza em Rafah é reaberta após quase nove meses, permitindo a passagem de pacientes para tratamento médico.

A passagem de fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, em Rafah, foi reaberta neste sábado (01/02) após quase nove meses de fechamento. Essa reabertura possibilitou a retirada de um grande número de palestinos doentes e feridos do enclave, permitindo que eles recebessem tratamento médico fora do território devastado pela guerra entre o Hamas e Israel.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou que 50 pacientes, incluindo 30 crianças com câncer, conseguiram atravessar a fronteira para receber tratamento. Essa reabertura acontece no contexto de um acordo de cessar-fogo de três fases entre o movimento islâmico palestino Hamas e Israel, visando a libertação de reféns e prisioneiros, bem como a ampliação do envio de ajuda humanitária ao enclave.

Neste sábado, o grupo islamista Hamas libertou três reféns no sul da Faixa de Gaza, enquanto Israel soltava 183 prisioneiros palestinos em mais uma rodada de trocas previstas no acordo de cessar-fogo. Essa movimentação é parte da primeira fase da trégua, estabelecida para durar seis semanas, com a libertação de reféns e prisioneiros e o retorno de civis palestinos ao norte de Gaza.

A abertura da passagem de Rafah foi amplamente aguardada por milhares de pacientes que necessitavam urgentemente de tratamento médico fora da Faixa de Gaza. A União Europeia iniciou uma missão de apoio para auxiliar na reabertura da fronteira, com guardas de fronteira europeus sendo destacados a pedido de palestinos e israelenses.

Essa reabertura marca um avanço significativo nas relações entre o Hamas e Israel, sinalizando possíveis negociações para a segunda fase do cessar-fogo. Caso um acordo não seja alcançado até o início de março, há a possibilidade de reinício do conflito entre as partes. A reabertura da fronteira de Rafah, portanto, representa um passo importante no caminho rumo à paz na região.

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