Fronteira de Gaza com o Egito é fechada novamente, impedindo a saída de estrangeiros e grupo brasileiro aguardando permissão de passagem.

Na tarde desta sexta-feira, a fronteira de Gaza com o Egito foi fechada mais uma vez, impedindo que qualquer estrangeiro, incluindo um grupo do Brasil com 34 pessoas, pudesse atravessar para o Egito, como confirmado pelo embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto. A expectativa era de que o grupo, que inclui nacionais e parentes próximos, conseguisse passar para o Egito após mais de um mês de espera, mas a equipe da embaixada deve pernoitar na cidade egípcia de el-Arish, devido ao fechamento da fronteira.

De acordo com fontes diplomáticas, a fronteira só é aberta para permitir a passagem de ambulâncias com feridos, e enquanto isso não acontece, os estrangeiros não são autorizados a cruzar a fronteira. Durante toda a sexta-feira, apenas cinco veículos conseguiram cruzar a fronteira, e dezenas de veículos ficaram retidos no norte de Gaza.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lamentou o ocorrido, explicando que o posto de controle não foi aberto, e destacou que está em contato com todas as partes envolvidas, esperando que os brasileiros sejam autorizados a cruzar a fronteira o mais rápido possível. Vale ressaltar que a abertura da passagem de Rafah, na fronteira egípcia, teve início na semana passada, após um acordo mediado pelo Catar, com a participação do Egito, Hamas e Israel, em coordenação com os Estados Unidos.

O grupo do Brasil saiu da cidade de Gaza em 14 de outubro, após um ultimato dado por Israel a todos que estavam na região norte do país. Enquanto mais de mil brasileiros que estavam em Israel e na Cisjordânia foram repatriados desde o início do conflito, o grupo do Brasil aguarda a autorização para cruzar a fronteira com o Egito.

Enquanto isso, o número de mortos em Gaza desde o início do conflito subiu para 11.078 e o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, fez um apelo pelo fim do “massacre” no enclave e pelo fim do cerco imposto por Israel ao território. Lazzarini afirmou que “arrasar bairros inteiros não é uma resposta aos crimes atrozes do Hamas” e que o massacre deve acabar.

Diante de toda essa situação, os brasileiros aguardam ansiosamente a autorização para cruzar a fronteira e chegar ao Egito, enquanto a ONU e outros organismos internacionais pedem o fim do massacre em Gaza. A expectativa é que nos próximos dias haja uma resolução para essa situação.

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