De acordo com fontes diplomáticas, a fronteira só é aberta para permitir a passagem de ambulâncias com feridos, e enquanto isso não acontece, os estrangeiros não são autorizados a cruzar a fronteira. Durante toda a sexta-feira, apenas cinco veículos conseguiram cruzar a fronteira, e dezenas de veículos ficaram retidos no norte de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lamentou o ocorrido, explicando que o posto de controle não foi aberto, e destacou que está em contato com todas as partes envolvidas, esperando que os brasileiros sejam autorizados a cruzar a fronteira o mais rápido possível. Vale ressaltar que a abertura da passagem de Rafah, na fronteira egípcia, teve início na semana passada, após um acordo mediado pelo Catar, com a participação do Egito, Hamas e Israel, em coordenação com os Estados Unidos.
O grupo do Brasil saiu da cidade de Gaza em 14 de outubro, após um ultimato dado por Israel a todos que estavam na região norte do país. Enquanto mais de mil brasileiros que estavam em Israel e na Cisjordânia foram repatriados desde o início do conflito, o grupo do Brasil aguarda a autorização para cruzar a fronteira com o Egito.
Enquanto isso, o número de mortos em Gaza desde o início do conflito subiu para 11.078 e o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, fez um apelo pelo fim do “massacre” no enclave e pelo fim do cerco imposto por Israel ao território. Lazzarini afirmou que “arrasar bairros inteiros não é uma resposta aos crimes atrozes do Hamas” e que o massacre deve acabar.
Diante de toda essa situação, os brasileiros aguardam ansiosamente a autorização para cruzar a fronteira e chegar ao Egito, enquanto a ONU e outros organismos internacionais pedem o fim do massacre em Gaza. A expectativa é que nos próximos dias haja uma resolução para essa situação.