Frigorífico em Goiânia substitui cartaz polêmico e afirma: “Ladrão aqui não é bem-vindo”, após decisão judicial contra mensagem discriminatória.

Frigorífico Goiás Substitui Cartaz Polêmico Após Decisão Judicial

Em Goiânia, o frigorífico Goiás enfrentou uma controvérsia após a Justiça determinar que retirasse um cartaz que dizia “petista não é bem-vindo” de sua loja. A decisão, resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), visava coibir qualquer comunicação que pudesse ser considerada discriminatória com base em convicções político-partidárias. O cartaz original foi rapidamente substituído, e em um vídeo divulgado nas redes sociais, o CEO do frigorífico, Leandro Batista, anunciou a nova frase: “Ladrão aqui não é bem-vindo. Quem apoia ladrão também não”.

A mudança de mensagem gerou reações mistas entre os internautas. Por um lado, alguns usuários criticaram a nova ideia, argumentando que ela ainda perpetua uma forma de exclusão e hostilidade. Um seguidor afirmou que o frigorífico estava “errado” ao adotar essa postura, enquanto outros consideraram que a nova mensagem poderia ser benéfica para atrair um público mais alinhado com suas crenças. “Meu herói não usa capa, ele tem picanha”, escreveu um usuário em apoio à nova campanha.

A representação do Frigorífico Goiás, através de seu advogado Carlos Olivo, declarou que a mudança respeitou a determinação judicial e que a nova frase não possui conteúdo político ou discriminatório. No entanto, a defesa reconheceu que o frigorífico está sendo alvo de perseguições devido a sua oposição política, e os responsáveis por essa perseguição, segundo o advogado, deverão responder por suas ações em devido tempo.

A liminar que levou à retirada do cartaz original estabeleceu um prazo de 48 horas para a conformidade e previa uma multa de R$ 1 mil por dia caso as ordens não fossem cumpridas. O juiz responsável enfatizou que qualquer mensagem discriminatória, independentemente da forma como é apresentada, não deve ser tolerada.

As polêmicas envolvendo a comunicação do frigorífico não se limitaram ao cartaz. A ação do MP-GO também incluiu menções a postagens nas redes sociais que afirmavam “não atendemos petista”, o que levou a um debate jurídico sobre o que constitui preconceito e discriminação em contextos de convicção político-partidária.

Em meio a esse cenário, a decisão de troca do cartaz e as discussões em torno dele evidenciam uma polarização crescente na sociedade que se reflete em estabelecimentos comerciais. A expectativa agora é em como o frigoríficoará adequar sua comunicação para evitar novas controvérsias e o que as repercussões legais dessa situação poderão trazer para o futuro do negócio.

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